Estou em França há exactamente 15 dias.
Os dias têm-se sucedido calmos mas sempre com afazeres.
Brive-la-Gaillarde é uma cidadezinha histórica adorável, bem cuidada e cheia de recantos. Situa-se num vale e tudo em volta é bosque. Diz-se que aqui nunca é Outono, a paisagem mantém-se verde todo o ano. Destacou-se durante a Segunda Guerra Mundial, por ter sido berço de um importante núcleo de ‘la resistance française’ e a região uma das primeiras a libertar-se da ocupação alemã. E de facto não é difícil imaginar uma qualquer cena à ‘Allo, Allo’ num dos pequenos cafés do centro da cidade, onde se conservam ainda os traços da arquitectura e o ambiente originais.
Passo os meus dias na ‘Maison d’Accueil’ que é um dos pólos da minha organização de acolhimento - ASEAC (Association pour la Protection de L’Enfance et L’Adolescence de Corrèze). Neste espaço encontram-se actualmente 8 jovens dos 14 aos 17 anos, acompanhados diariamente por uma equipa de educadores. Não tenho uma tarefa ou ocupação específica, creio que há semelhança de outros voluntários, estou numa fase de observação, de criação de laços, de ambientação. Tanto posso acompanhar um dos jovens ao cinema como ajudar a governanta da casa a preparar as refeições. Falo diariamente francês e inglês, algumas vezes espanhol e português. Há dias em que me baralho toda. Surpreendo-me desde o primeiro dia com a disponibilidade e generosidade das pessoas com quem convivo e com quem me cruzo. O meu francês é ainda tropeçado mas esforçado.
Nas cercanias já visitei ‘Limoges das loiças’, o castelo de Rocamadour, o mar de Arcachon. Espero conhecer em breve as ‘mais cosmopolitas’ Bordeaux e Toulouse.
Vivo numa residência universitária e tenho uma amiga ‘do país dos elfos’. Tenho uma bicicleta, neste momento monociclo. Aqui convém guardar tudo no quarto ou na garagem. Nunca se sabe quando alguém pode precisar de uma roda traseira.
À bientôt. Bon courage à tous.
biz.
Mariana
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